Quem é o dono do meu nariz?

Ontem à noite, em uma investida corajosa, publiquei no blog Caverna do Jedi a única lista negra que tinha em mãos: 10 filmes que considerei péssimos, mas que, no entanto, foram-nos apresentados através de cartazes muito bem produzidos.

Como sempre falamos de cinema por aqui também, resolvi registrar aqui um curtíssimo apêndice ao que foi dito lá - e que infelizmente também vale para algumas discussões que foram levantadas ontem (sobre outros assuntos) pelo Twitter:

O que temos no post "Belos Cartazes, péssimos filmes", definitivamente não é um julgamento. Pelo menos não como Cristo nos sugeriu que não o fizéssemos (não julgueis) - do qual fui acusado de fazer pelo simples fato de manifestar minha opinião sobre o caso do tal "Clube de Um Milhão de Almas" e do avião comprado pelo Sr. Silas Malafaia. Mas o que estrutura a postagem que menciono é a opinião através da observação de determinados critérios, sem no entanto bater o martelo da condenação (entendeu errado, caro amigo do Twitter).

Desafio a qualquer um encontrar na rede qualquer coisa que eu tenha escrito sobre o caso: não o fiz. Assim como no caso do Davi Silva, preferi o silêncio das minhas letras e a oração dos meus lábios. Motivo? Opção. Ora, se tive o "direito de permanecer calado" até ontem, por que me condenam pela mera opinião que compartilhei em tão breves palavras (140 caracteres de cada vez, ou menos)? Se um homem tem a liberdade de fazer do dinheiro dele o que bem quiser, comprar aviões, mansões, etc, por que me vetam o direito de manifestar minha opinião? Que cristianismo é este que privilegia alguns (e geralmente os corruptos e hipócritas) com uma falsa armadura de santidade - não toqueis no ungido - em detrimento dos que não possuem a mesma notoriedade? Que fé cega e imbecil é esta que prefere defender o consentimento à denunciar o farisaísmo, tal qual JESUS FAZIA

Uma diferença inamovível permanecerá, independente da "semântica pessoal" que cada indivíduo seleciona para as palavras que lê ou ouve: julgar e opinar são duas coisas fundamentalmente diferentes. Não compartilham semelhança NENHUMA.

Assim como deixei minha opinião sobre alguns dos piores filmes que assisti em 2009 no post mencionado acima, opinei também sobre acontecimentos notórios na mídia. E, sem medo da liberdade que a Constituição Brasileira me garante, deixo aqui algumas perguntas sobre este outro assunto - tão incômodo e lastimável - que recheou minha Timeline no Twitter ontem: Onde estavam os líderes que vocês com tanta impetuosidade defendem quando Niterói foi soterrada e precisou de ajuda? Onde estavam eles quando o mundo gritou pela ajuda da igreja de Cristo? Onde estão eles agora? 

Uma árvore não pode dar dois tipos de fruto. Uma vida vale mais que meros R$ 1.000,00. Estender a mão ao próximo, renunciando sua vida, seu dinheiro, seu corpo, suas vestes, seu coração, sua família, seu avião de 14 milhões, seu status social, seu programa de TV, seu haras, seu carro, a única moeda do seu bolso, seus pés, suas mãos, sua alma - isso vale muito mais!

Minha opinião é irredutível e continuará incomodando alguns: se quero ser canal de amor, não posso renegar a justiça pela qual fui chamado através do sacrifício na cruz, que me fez um com o Justo Jesus - aquele que deixou o esplendor de sua glória para ser homem como nós.

Não julguei, mas fui julgado. Mas prossigo cantando alegre e feliz: Jesus é o dono do meu nariz.


by GG

3 comentários:

Rick Serrat 21 de abril de 2010 às 10:05  

BOA!!! EU AMO ESSE GORDO!

"Não julguei, mas fui julgado. Mas prossigo cantando alegre e feliz: Jesus é o dono do meu nariz."

[2]

Julião 21 de abril de 2010 às 17:05  

"Não julguei, mas fui julgado. Mas prossigo cantando alegre e feliz: Jesus é o dono do meu nariz."

[3]

Anônimo 21 de abril de 2010 às 17:39  

"Não julguei, mas fui julgado. Mas prossigo cantando alegre e feliz: Jesus é o dono do meu nariz."

[4]

GG... Gostei muito do seu desabafo... Mas sou um chato assumido, portanto, vou dar o meu pitaco sobre o polemico assunto "julgar".


No evangelho de Mateus vemos Jesus fazendo o seguinte pronunciamento:

"Não julgueis, para que não sejais julgados." (Mt 7:1)

Já no evangelho de João, o mesmo Jesus afirma:

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça." (Jo 7:24)

Como assim?!? Jesus, por acaso, estaria se contradizendo?

Vamos seguir adiante em Mateus 7:

"Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." (Mt 7:2)

Em concordância com João 7:24, aliado ao contexto de Mateus 7 (em 7:15 Ele fala para tomarmos cuidado com os falsos profetas, portanto, para determinar que alguém é um falso profeta, precisamos exercer juízo) podemos concluir que o julgamento que Jesus proíbe é o Juízo Temerário! O julgamento injusto que se baseia somente em preconceitos, e não em fatos...

Em Mateus 7:2, Jesus está afirmando que, se julgarmos com injustiça, com injustiça seremos julgados! Se julgarmos de acordo com a "reta justiça" (João 7:24) não temos o que temer!

O apóstolo Paulo vai mais a fundo!

"Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?" (1 Coríntios 6:3)

Ele coloca a pratica do juízo como uma responsabilidade da Igreja!

Como vamos proteger os neófitos e os mais símplices, se nós que temos um pouco mais de maturidade ficarmos calados?

Mais uma vez, parabéns mano... Tou contigo!

nEle

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