Este é o som único e inconfundível do músico Maurício Caruso. Com uma levada muito influenciada pelo jazz e pela música popular brasileira, a sonzeira instrumental do cara é um alívio para nossos ouvidos tão casados do óbvio que inunda há muito tempo a música gospel brasileira.
É a volta da coluna #WeekSong, depois de uma semaninha de folga.
É a volta da coluna #WeekSong, depois de uma semaninha de folga.
Com vocês: "Reflexos", por Maurício Caruso:
5 comentários:
Excelente!
PREFIRO NÃO SER GOSPEL
Li há pouco tempo um artigo sobre uma reunião do mundo “gospel” onde empresários do ramo defendiam as suas idéias sobre a conquista do mercado musical. Segundo o artigo, a reunião durou uma hora e meia, mas depois de dez minutos a vontade do autor da matéria era sair correndo, enojado com o que estava ouvindo. Falou-se de tudo em termos de “negócios gospel”. Como atingir o mercado, como produzir produtos mais atraentes, como vender o público “gospel” para as empresas seculares, como oferecer vantagens aos pastores para que eles permitissem que os produtos fossem vendidos nas igrejas, como montar shows e espetáculos, e vai por aí afora.
Em momento algum, afirmou ele, ouvi algo sobre: como vamos causar um impacto com o evangelho no Brasil e no mundo; quantos novos missionários vamos sustentar com o lucro do negócio “gospel”; o que vamos fazer para ajudar as igrejas a buscarem um avivamento; como vamos tornar Jesus conhecido. A reunião foi frustrante para aquele cidadão que pensava ser o “gospel” algo mais profundo, alguma coisa que de fato fosse mudar os conceitos de cristianismo neste nosso tempo.
Quando não éramos o mercado “gospel”, comprávamos Bíblias para ler e estudar, e não para colecionar. Comprávamos CDs pela profundidade das letras e espiritualidade dos cantores, e não pela fama dos artistas. Abríamos novas igrejas para alcançar os que não conheciam a JESUS, e não por causa de uma nova “visão” que causou divisão. Cada pastor estudava a Bíblia e ouvia o Espírito Santo para pregar a cada semana, e não simplesmente reproduzia a mensagem pronta recebida do seu “bispo ou apóstolo”.
No tempo em que não éramos “gospel”, pastor ainda era respeitado e podia comprar no crediário. Não tínhamos bancada evangélica na política, que segundo a imprensa, só gera escândalos. Não precisávamos de prêmios para artistas e escritores de sucesso ou para igrejas que se tornaram famosas. Não tínhamos concorrência entre artistas na busca de um troféu de “Disco de Ouro” por vendagem de discos; não tínhamos a proliferação de “Rádios Piratas” usadas para a divulgação do gênero gospel e suas atividades.
Eu prefiro não ser “gospel” no sentido em que esta palavra é usada hoje, mas sou de JESUS, creio num avivamento da igreja brasileira e sonho com o dia em que o Brasil será usado por Deus para um impacto missionário global. Sonho com vidas transformadas para o mundo e não com vidas conformadas com este mundo; sonho com igrejas impactantes e não com grupos religiosos sendo subservientes ao senhor das trevas, Satanás.
Widja,
foi exatamente por causa disso tudo que você falou que a frase "a sonzeira instrumental do cara é um alívio para nossos ouvidos tão casados do óbvio que inunda há muito tempo a música gospel brasileira" está presente nessa postagem.
;)
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