A Máquina de Gerar Frutos

Não existe outra expressão que identifique o foco central da Igreja do que este: gerar frutos. Junte todas as programações do templo que você frequenta: as mensagens, os louvores, os cultos de domingo, as reuniões fora do templo, as peças de teatro, etc - o objetivo é comum: frutificar.

Esta deveria realmente ser a realidade. No entanto, infelizmente, este foco vem sendo alterado e corrompido com o passar dos anos. A moda agora é esperar que os frutos apareçam do nada, sem exigir nossos esforços, sem exigir que plantemos a semente.

A nossa urgência por algum motivo é mais valiosa do que os princípios na cultura cristã atual. Queremos resultados, mesmo que os esforços para obtê-los inexista. E isso faz com que abramos um enorme sorriso para a pessoa que ousa reconhecer seus pecados no dia em que ele se converte, e esqueçamos seu rosto no momento seguinte. Abraçamos o "novo convertido" agora, no momento exato no qual ele se decidiu, e logo depois o deixamos de lado - e ainda temos a cara de pau de esperar que ele gere frutos o mais rápido possível, e de preferência sem a nossa ajuda.

Nos acomodamos. Queremos apenas ver os frutos e aplaudir os resultados. E por que? Porque acreditamos que os esforços serão muitos. Acreditamos que gerar frutos deve doer de alguma forma. Exigirá sacrifício, renúncia e coragem - e isto é muito trabalho para quem está acostumado simplesmente a sentar e ouvir a bela mensagem do culto dominical.

O que nos esquecemos, porém, é que, independente do que nós pensemos, estamos sempre frutificando. A cada palavra dita, em cada pensamento concretizado, a cada decisão tomada, em cada gesto executado. Os olhos voltam-se para nós e esperam ver o brilho que teimamos em esconder embaixo da mesa.

Você com certeza já semeou hoje, mas talvez não tenha notado. Um sorriso que damos ou um gesto de amor que manifestamos tem muito mais potencial de "gerar frutos" do que toda a parafernalha que inventamos - a grande máquina de gerar frutos, a mesma que produz mensagens enlatadas e sorrisos postiços nos rostos mascarados de santidade.

Esta Máquina, porém, quebrou e não há no mundo alguém que possa dar jeito nela. Ninguém suporta mais a lenga-lenga que outrora os convencia com facilidade. A única solução, portanto, é voltar no tempo e gerar frutos da maneira tradicional: plantar a semente, regar insistentemente, podar quando necessário e esperar com paciência.

Depois disso, os frutos estarão lá, disponíveis e, o que é mais importante, maduros.


by GG

2 comentários:

Daniella 21 de maio de 2010 às 10:33  

Muito legal! Concordo contigo!

Hugo Enrique 21 de maio de 2010 às 12:47  

É verdade né!

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